A Deus dedicadas incertezas
A Deus lúgubres lamentos
A Deus jogadas as mãos
A Deus sopradas sombras no caminho
A Deus a culpa de meus destemperos
A Deus orações por liberdade
Em curvas de vento, vôo, vou
Migrar ao norte para o meu verão
Me ensinam as músicas do cantar dos patos
Notas rosa ou verde
Ou amarelas ou verde de novo
Saudades vêm, vão, virão
Vãos
Troco trilhos
Essa grande estrada d'água
Enche meus olhos
Enche minha alma
Sobre meus ombros, o céu, apenas
E o nariz aponta o caminho
Do homem
A fé em esgueiradas ruínas caídas à Terra
Aos amigos agradeço
A fé
A Deus
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2 comments:
Wow!
amei!
Ta aí, uma sonoridade preciosa, uma escrita simples, mas não simplista.
Força nas ideias, nas palavras. Nas atitudes, mesmo que sejam as de abandonar tudo. Não se abandona por deseperança, mas por esperança no abandono, faz sentido?
Amém! Amem!
Seu puto, mandou muito!
"A fé
A Deus", aliás, foi ótimo. Proposital ou não.. haha
Tenho algo pra te mandar, além de meias boas-notícias. Anda vendo email?
Abç!
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