Fala a minha mulher
Interna
Aos meus sentimentos
Mas fala
Com a voz que me deu
Minha mãe
Conta um segredo
Um desejo de me ouvir cantar
Que me diz assim:
Sou sangue do teu sangue
Quando pulsa no peito
A paixão proibida
O amor e o ódio que sentes profundo,
Calado, cativo
Sou tua musa escondida
Tua bela perdida
Num fundo, num mundo qualquer
Que cantas,
Que chamas
Que juras
Mas enfim, não quer.
Sou tua costela roubada,
Tua morte antecipada
(teu segredo mais íntimo)
Sou podre, sou puta,
Sou bruxa, sou
Mulher
Sou tua filha perdida
Tua mãe escondida
Dos teus delitos cruéis
Sou madre, sou santa,
Sou um canto
Uma idéia
Um revés
Sou minha filha cativa
Minha voz perdida
Nos teus delírios cruéis
Sou maré, sou tantra
Sou o barro,
Sou alguém
Que não és
Sou tua filha, cativa
Numa torre, minha
- - - - - - - - - própria
- - - - - - - - - saída.
Numa mente, fechada
Numa dura, fachada
Numa palavra,
a trois
demência
amor.
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The Children Of Janus by Guilherme Garcia & Ivan Dutra is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.
TIME DESTROYS EVERYTHING
Ramble On, Light Son
Father son,
My feet follow the inevitable Road
But blocked by a big wall
A mirror on that wall shows
No face, no paths:
The white veil covers it
Between past and future
Dark sun rises
Dark night leaves
Shine, light son.
Amen
My feet follow the inevitable Road
But blocked by a big wall
A mirror on that wall shows
No face, no paths:
The white veil covers it
Between past and future
Dark sun rises
Dark night leaves
Shine, light son.
Amen
Amen ho, Dark Son
father once told
"we are memories and hope"
as our shadows grow old
we trade doubt for stone
there is no room for hope
in the road to doom
and indeed we walk this highway
there is nowhere to flee
and you may pray
but no one will hear your plea
amen
"we are memories and hope"
as our shadows grow old
we trade doubt for stone
there is no room for hope
in the road to doom
and indeed we walk this highway
there is nowhere to flee
and you may pray
but no one will hear your plea
amen
Minions
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4 comments:
Apenas a fim de registro, pensei também na seguinte idéia para os versos finais:
[cativa]
Num mar-palavra:
a
d
a
Mas achei que o neologismo seria pedante.
Preferi do jeito que está. Mto lindo o poema. Vc é foda :)
Hah. Gosto da ideia do mar-palavra, mas considerando o restante do poema, acho que as 'palavras concretas' ficam melhores que a composição aí mesmo.
Não que ache pedante. Só acho que foge um pouco do tom do restante do poema.
"Ademais":
"Numa torre, minha
própria
saída.
Numa mente, fechada"
Gosto de como está modernando nessas! Depois gostaria de saber o pensamento que rolou por trás dessa ideia. Tenho chutes!
Tens escrito, carimbolas? To em crise... haha.
Falamos disso qq hora. Bjão
Nossa, quanto demoro para ler comentários!
Não deixarei mais este blogue às moscas, prometo.
Estou em crise tremenda!
Temos que marcar para falar dessas coisas.
Beijos
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