Sunday, September 20, 2009

os mortos irão dançar até o amanhecer

observo sombras na serenidade, o silencioso suplício dos segredos
se espalha às centopéias para sorver e morrer
o seguro certo para tempos incertos.
sou o espírito sedento de sangue, o sublime substituto
para a ternura da tempestade, sob estranha embriaguez,
testando minha temperança e meu semblante sóbrio e san(t)o.

estagnação sucumbe o sagrado, permanece o pecado
dias distantes, demoníacos, derramam-se em devaneios
desejamos mais que diversão, drinks e desperdício
e amanhã, ah, "amanhã é outro dia"

um novo dia intangível
as paredes pedem por perecer
e o tempo distorce nossa tez
tão tenra, tórrida e transbordando certeza
mas sem a tenacidade para transformar
quando o preço se cobrar, a carne apodrecerá

uma sonata para o sofrimento
disrritmia dissonante
sonhando com uma saída
espero que não tenhas esperança.

2 comments:

The tone said...

Só adiciono uma sugestão:

testando minha temperança e meu semblante sóbrio e san(t)o.

sano não faz sentido.. e se vc colocasse "minha san(t)idade"? quebra um pouco o ritmo, mas fica mais interessante pois tem a mesma conotação que a versão inglesa...

The Dark Son of Janus said...

putinha da gramática!